quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Not any given Tuesday

Preâmbulo: A dona desta casa se chama Deise Cris. Ela não havia sid citada na lista de agradecimentos. Ela me odiou uns dias... E eu, quis me matar como sempre quero quando faço besteira. Eu mereço. Ela, que já cometeu um twitticídio iria cometer um bloggcídio... desculpas, Deise... beijos vascaínos pra ti... como falava desde o fotolog, este é o perigo das listas... sempre acabo esquecendo alguém...

Agora, de volta ao texto...

Eram 7 e meia da mamnhã quando a Ceres me ligou e avisou: já tô pertinho da casa do teu irmão. Acorda que eu tô chegando. Por SMS ela me pediu o n° do edifício. Acordar e dois minutos encontrar meu irmão de sangue e minha irmã de coração me dizia que aquela terça-feira não seria Any given Tuesday.

Saímos para Santa Teresa. Pegamos o bonde, subimos o morro. Tomamos café da manhã num restaurante "sussa" como ela diz em paulistês fluente, digno de 102 no TOEFL. Descemos um pouquinho a pé e nos separamos. Ela foi para a pousada dela e eu para a Urca. A Gislaine me esperava. Ela é só, somente, uma menina que talvez mais entenda meu jeito de Saber Amar Os Paralamas. Acho que a gente os ama sem medo de cair das nuvens. Sem medo de chegar até elas, pegamos o bondinho e subimos o Pão de Açúcar. Antes disso, porém, ainda, na Terra, ela me pôs no céu com um presente de aniversário muito legal.

Tarde de conversa, planos, tempo para contemplar a paisagem e falar muito sobre nossas ideias e projetos. Fotos, água para ela, coca-cola zero para mim. Cabeça nas nuvens e pés no chão. Mostro para ela a florestinha atrás do Pão de Açúcar e rio, Rio de Janeiro demais com o medo dela de micos e saguis. Rio mais ainda com o medo dela de lagartixas. Fui super-herói por 1 dia me interpondo entre o descendente dos tiranossauros e ela. Sequestramos uma joaninha. Ademir, Deise e Camila estavam noutro canto da cidade, como eles disseram, vendo o desastre do Inter. Após uma tarde memorável, eu e Gislaine fomos ver a Praia Vermelha.

Twittada do Rafael, RT da Renata Pedro, telefonema de confirmação com o Alê, SMS para a Ceres (quem é louco de ligar para a Ceres ?), ligação de volta para o Rafael. Twit para o Edu. Pronto. Tava tudo combinado. Era tempo de a gente se encontrar. 19h no Espaço Tom Jobim. Era o show de nossas vidas, meu irmão. Aquele show ia entrar no coração. Mas fã de Paralamas é fogo. 18h já estava todo mundo lá. Porra ! Saudades do Alê. Beijo pra Thá. Conheço o Ademir e a Camila. Abraço a Deise. Que legal, adoro ela ! Olívia, até que enfim !!! Sanduíche dividido com a Ceres. Abraço na Renata. Começam as amaeças de morte: se a entrevista para o site não começasse às 19h... Bi pra um lado, Cerqueira para o outro. Fera também na área. Os argonautas estavam chegando e Barone usava uma camisa do Star Wars. Rafa e Edu aparecem.

Câmera, luzes, ação. Momento ridley Scott: parecia que a entrevista com o Barone era um teste para atuar como andróide em Blade Runner: O que acontecerá com cada um de nós quando a escuridão do palco chegar e o show começar ? De onde viemos? Para onde vamos? O que faríamos aqui nesta noite não seria simplesmente apagado, quanto ao tempo, ficaria em “DVD forever” ? As respostas começaram a ser dadas pelo Barone. O tour, a motivação de gravar ao vivo, os planos para um novo acústico, o repertório do show, os convidados e a já existência de material para começar um trabalho novo. Foto oficial com os fãs. Bate-papo extra-oficial. Foto e entrevista oficiais. Barone fica comovido ao saber que, nesta terça, todo mundo que veio de fora do Rio, ali estava longe do trabalho, da escola e da família pois morreram 3 tios, 1 madrinha, 2 gatos e 1 cachorro foi atropelado. A nossa cara triste denunciava nossa recente passagem nos cemitérios. Também estavam se casando primos de dois dos presentes e um de nós estava recebendo os pais, após longa viagem no exterior.

Troca de ingressos. Fila para entrar. Papo com a Camila para me apresentar. Foto com o Vital para nunca mais esquecer. Vamos gravar. É pro DVD. Como se precisássemos dele. Aquela noite seria para nunca esquecer.

Brasil afora. Meu sonho nem começa e já erram. De novo. Era tudo o que queria. Não, não era. Era Tendo a Lua. Quando a Pitty entra no palco e Os Paralamas começam a tocar essa, todo mundo se vira do palco e me olha com cumplicidade. É, é a minha música. São tantas marcas que já faziam parte. Mais uma. A Gislaine se virando e rindo pra mim. A Ceres, idem. E fico sabendo somente no dia seguinte, pelo twitter, que a Deise também chorou. Ah... a Pitty erra. Fico puto e paro de filmar com a câmera. Essa não era para errar. De novo. Agora só curto. Acima das palavras. Um hit atrás do outro. Quase trinta anos de carreira. Cai o pano, não, não acaba. Era o cenário que mudava para o palco ficar mais solar. Dá um laço e lança o Sal que o Zé Ramalho vem lá de João Pessoa. Espero que você também se repita e antes de ele sair, puxo o "De novo", "De novo", "De novo". Vem o Pedro e confirma. "De novo". E lá vem o Zé Ramalho de Campina Grande na Paraíba.

Aí fica engraçado, a gente passa a torcer para Os Paralamas errarem mas só descobrirem depois e ter que repetir cada música 2, 3 , zilhões de vezes. Quem se cansaria de ouvir Meu Erro, Calibre, Vital, Alagados ? Uma vida inteira, a obra inteira de uma vida. Todos se movem e saem do chão porque em cima destas rodas tem um cara legal. E neste canto das platéia, uma família de irmãos. O show acaba, a festa não termina. Abraços, fotos, felicidade explícita. Meu presente de aniversário ainda não terminava após ter demorado 2 dias quanto ao tempo pra chegar. Mas chegou e veio com a presença de cada daqueles meus amigos ali junto de mim.

Fila pra falar com o Herbert, a Bia e ele conversando. E olhe só, vejam vocês, o Herbert nos agradece pela paciência de a gente ter aguentado as repetições por conta dos problemas de gravação. Mew pergunto quantas vezes em casa, vou ver no repeat, Meu Erro ou Tendo a Lua e Rio de Janeiro em Dezembro do que o Herbert diz. Dou um beijo na careca e ele dá o primeiro autógrafo dele num CD do Los Pericos. Abraço no João, no Bi, no Fera. Beijo para a Carol via Hélder. Cerqueira sempre mandando bem.

Na hora de ir embora, desencontro. Saímos eu, o Alê, a Gislaine e a Ceres e não nos seguem. Vamos para em Botafogo. Frango a passarinho, batatas fritas, cerveja. Papo infinito. Ameaça de extorsão à Gislaine mediante sequestro de pôsteres. Beijos e abraço de despedida na Ceres. Adoro essa menina. Quanta saudade desses 3. Sorte, Alê até Sampa. Gis, um beijo ! Até Salvador. Quem sabe algum dia numa rua da Bahia tudo tenha Paralamas.

Uma hora de sono. Aeroporto. Check-in. Twitter e... putz ! ninguém dormiu. 6h da manhã e a Olívia, Ademir, a Ceres, a Gislaine, a Renata, todo mundo já tava conectado de novo. Que saudades. Que dia. Impossível manter os pés no chão. Parece que o vôo de volta não era do Rio pra Salvador e sim do Céu para a Terra. Que saudades.

P.S.: Este post é dedicado ao Ademir, Ao Rafael, ao Alê, à Ceres, à Gislaine, à Camila, à Olívia, à Renata, ao Edu, ao Rafa, à Deise, aos Paralamas, ao Hélder e a Carol, ao José Fortes, ao Jamari, ao Maurício Valladares, ao meu irmão e à Michelle e à toda família Paralamas.

Beijo no coração de vocês !

Rodrigo

6 comentários:

Unknown 16 de dezembro de 2010 às 09:04  

Opa!!! que lindo texto!!!!
Obrigada por me mencionar várias vezes!! amei conhecê-lo!! espero repetir a dose!!! Vida longa aos Paralamas! beijão!

Renata Pedro

Ademir 16 de dezembro de 2010 às 10:54  

Texto emocionante! Conseguiu descrever tudo com maestria e de forma objetiva.
Aproveito para manifestar a enorme satisfação por rever (Deise) e conhecer pessoas tão bacanas. Algumas com as quais eu me correspondia virtualmente (Olívia, Rodrigo, Camila, Edu, Rafa, Bia), outras, como a Renata, que conheci no RJ e achei uma simpatia só.
Além de ótima música, os Paralamas ainda nos proporcionam esses prazeres. Muito bom!

deisecris 16 de dezembro de 2010 às 14:02  

Rodrigo,
não sei se vou escrever sobre o show depois de ter lido esse texto! É definitivo! Lindo e incrível como aquela noite que passamos juntos. Vai ficar para a história. Mais uma história pra contar...
Um grande beijo, foi lindo conhecer todos, rever Gislaine e Ademir, compartilhar mais um fato histórico (dentre tantos que estudamos...) com minha colega Camila.
Um beijo!
ps.: fiquei de fora da dedicatória do texto :(

aLEXANDRE DE FILPO PINHO 24 de dezembro de 2010 às 14:11  

Perfeita descrição de uma grande dia...saudades de todos, precisamos ter mais gravações de DVD, mas bem que podia ser em final de semana, né?

Abraços

alê

aLEXANDRE DE FILPO PINHO 24 de dezembro de 2010 às 14:34  

Eh, bem que podia ser em final de semana, assim eu também ia curtir os PDS com vocês! hehehe... saudades e beijão Rô! Thá Bergamo

Olívia Alvarenga 14 de dezembro de 2011 às 02:25  

Só tenho um comentário a fazer: AMEI!!!!
Amei o texto, amei reencontrar e finalmente conhecer alguns grandes amigos paralâmicos! Vocês fizeram desse dia um dos melhores da minha vida! Foi sensacional!
Precisamos marcar mais vezes (e logo!!!).
Beijo grande.
Olívia

Créditos

Template: Our Blogger Templates
Fontes: Tipografia Artesanal Urbana

Licença Livre

Creative Commons License

  © Blogger templates 'Sunshine' by Ourblogtemplates.com 2008

Back to TOP