terça-feira, 30 de novembro de 2010

NÃO TIREM AS PLANTINHAS DA MAMÃE DO PALCO

28 anos atrás, em 30 de novembro de 1982 os Paralamas do Sucesso tocaram no Western Club, no Rio de Janeiro no que é tido como o primeiro show oficial da banda. Ainda como power trio, à época, Os Paralamas do Sucesso, Bi, Herbert e João se encontraram no Colégio Bahiense,no centro da capital carioca. Herbert morava no Rio em função da mudança de cidade do pai, o brigadeiro Hermano Vianna. Em 1979, um ano após a chegada de Herbert à cidade maravilhosa, veio Bi. Herbert já possuía uma guitarra Fender importada do Japão mas Bi não tocava nada e foi empurrada para o baixo por Herbert. Já o baterista à epoca era Vital Dias, outro colega do cursinho. O ano sabático que eles passaram sem tocar juntos após a entrada na faculdade separou a vida de adolescente da vida adulta e separou a vida de banda amadora da vida da banda de rock mais longeva do rock nacional.

Em 1981, novamente juntos, eles se inscreveram no Festival de Música da UFRJ com trës composições, incluindo "Vital e sua moto". Não foram considerados bons o suficiente para concorrer mas pelo menos foram convidados para tocar no intervalo. No entanto, o baterista, que era Vital para a banda, não apareceu. Não demorou muito para não ter a menor chance de voltar: João "Polvo" Barone, amigo de Bi foi convidado e com suas "mãos de cachos de banana", segundo Herbert, e começou a tomoar o lugar de Vital.

Um ano depois, em 17 de setembro de 1982, se encerraria a fase quarteto dos Paralamas. Era um quarteto inusitado já que ao invés de dois guitarristas, a banda tinha dois bateristas, Vital e Barone que se revezavam durante os shows. Mas naquele dia Vital se escondeu. Tocou duas músicas e deixou o palco dos Paralamas para sempre com Barone tendo tomado seu lugar e dando a cara definitiva aos Paralamas.

Após pouco tempo, na data que completa 28 anos hoje, começou a carreira profissional do grupo. No Western Club, o set-list tinha "Vital e sua moto", "Vovó Ondina", "Patrulha noturna", "Rodei (na escola)", Química (do Renato Russo, futuro Legião Urbana) e "Encruzilhada agrícola-industrial". Madura, a banda encaminhou após a apresentação sua primeira gravação em estúdio na Tok Studio numa demo com "Vital e sua moto", "Encruzilhada agrícola-industrial", "Patrulha noturna" e "Solidariedade não". Foi questão de tempo para a demo cair nas mãos de Maurício Valladares, ser tocada na "Maldita" Fluminense FM por Maurício "Ronca-Ronca" Valladares.

Uma casualidade em um show consolidou a formação do "núcleo-duro" da banda. Um outro show os levou para o estúdio e para as ondas do rádio. Talento para tocar ao vivo, como se vê, nunca faltou aos caras. Desde o começo. E 28 anos depois eles continuam cantando e encantando ao vivo. Desde o Western até o Leste. Rodando Brasil adentro, todo, inteiro e sem demora. Não viver um show dos Paralamas causa pena. Porque, por mais caro que seja o preço do ingresso, sai-se dele com o melhor dos CDs ou dos DVDs ou dos Blu-Rays: a memória e no coração. Tenho a sorte de já os tê-los visto tocando muitas vezes ao vivo. Menos do que eu gostaria mas o suficiente para ter em minha memória um "ao vivo" que começa em 1982 e que segue até hoje Brasil Afora, ao vivo. Sempre.

Créditos

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Fontes: Tipografia Artesanal Urbana

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