Not any given Tuesday
Preâmbulo: A dona desta casa se chama Deise Cris. Ela não havia sid citada na lista de agradecimentos. Ela me odiou uns dias... E eu, quis me matar como sempre quero quando faço besteira. Eu mereço. Ela, que já cometeu um twitticídio iria cometer um bloggcídio... desculpas, Deise... beijos vascaínos pra ti... como falava desde o fotolog, este é o perigo das listas... sempre acabo esquecendo alguém...
Agora, de volta ao texto...
Eram 7 e meia da mamnhã quando a Ceres me ligou e avisou: já tô pertinho da casa do teu irmão. Acorda que eu tô chegando. Por SMS ela me pediu o n° do edifício. Acordar e dois minutos encontrar meu irmão de sangue e minha irmã de coração me dizia que aquela terça-feira não seria Any given Tuesday.
Saímos para Santa Teresa. Pegamos o bonde, subimos o morro. Tomamos café da manhã num restaurante "sussa" como ela diz em paulistês fluente, digno de 102 no TOEFL. Descemos um pouquinho a pé e nos separamos. Ela foi para a pousada dela e eu para a Urca. A Gislaine me esperava. Ela é só, somente, uma menina que talvez mais entenda meu jeito de Saber Amar Os Paralamas. Acho que a gente os ama sem medo de cair das nuvens. Sem medo de chegar até elas, pegamos o bondinho e subimos o Pão de Açúcar. Antes disso, porém, ainda, na Terra, ela me pôs no céu com um presente de aniversário muito legal.
Tarde de conversa, planos, tempo para contemplar a paisagem e falar muito sobre nossas ideias e projetos. Fotos, água para ela, coca-cola zero para mim. Cabeça nas nuvens e pés no chão. Mostro para ela a florestinha atrás do Pão de Açúcar e rio, Rio de Janeiro demais com o medo dela de micos e saguis. Rio mais ainda com o medo dela de lagartixas. Fui super-herói por 1 dia me interpondo entre o descendente dos tiranossauros e ela. Sequestramos uma joaninha. Ademir, Deise e Camila estavam noutro canto da cidade, como eles disseram, vendo o desastre do Inter. Após uma tarde memorável, eu e Gislaine fomos ver a Praia Vermelha.
Twittada do Rafael, RT da Renata Pedro, telefonema de confirmação com o Alê, SMS para a Ceres (quem é louco de ligar para a Ceres ?), ligação de volta para o Rafael. Twit para o Edu. Pronto. Tava tudo combinado. Era tempo de a gente se encontrar. 19h no Espaço Tom Jobim. Era o show de nossas vidas, meu irmão. Aquele show ia entrar no coração. Mas fã de Paralamas é fogo. 18h já estava todo mundo lá. Porra ! Saudades do Alê. Beijo pra Thá. Conheço o Ademir e a Camila. Abraço a Deise. Que legal, adoro ela ! Olívia, até que enfim !!! Sanduíche dividido com a Ceres. Abraço na Renata. Começam as amaeças de morte: se a entrevista para o site não começasse às 19h... Bi pra um lado, Cerqueira para o outro. Fera também na área. Os argonautas estavam chegando e Barone usava uma camisa do Star Wars. Rafa e Edu aparecem.
Câmera, luzes, ação. Momento ridley Scott: parecia que a entrevista com o Barone era um teste para atuar como andróide em Blade Runner: O que acontecerá com cada um de nós quando a escuridão do palco chegar e o show começar ? De onde viemos? Para onde vamos? O que faríamos aqui nesta noite não seria simplesmente apagado, quanto ao tempo, ficaria em “DVD forever” ? As respostas começaram a ser dadas pelo Barone. O tour, a motivação de gravar ao vivo, os planos para um novo acústico, o repertório do show, os convidados e a já existência de material para começar um trabalho novo. Foto oficial com os fãs. Bate-papo extra-oficial. Foto e entrevista oficiais. Barone fica comovido ao saber que, nesta terça, todo mundo que veio de fora do Rio, ali estava longe do trabalho, da escola e da família pois morreram 3 tios, 1 madrinha, 2 gatos e 1 cachorro foi atropelado. A nossa cara triste denunciava nossa recente passagem nos cemitérios. Também estavam se casando primos de dois dos presentes e um de nós estava recebendo os pais, após longa viagem no exterior.
Troca de ingressos. Fila para entrar. Papo com a Camila para me apresentar. Foto com o Vital para nunca mais esquecer. Vamos gravar. É pro DVD. Como se precisássemos dele. Aquela noite seria para nunca esquecer.
Brasil afora. Meu sonho nem começa e já erram. De novo. Era tudo o que queria. Não, não era. Era Tendo a Lua. Quando a Pitty entra no palco e Os Paralamas começam a tocar essa, todo mundo se vira do palco e me olha com cumplicidade. É, é a minha música. São tantas marcas que já faziam parte. Mais uma. A Gislaine se virando e rindo pra mim. A Ceres, idem. E fico sabendo somente no dia seguinte, pelo twitter, que a Deise também chorou. Ah... a Pitty erra. Fico puto e paro de filmar com a câmera. Essa não era para errar. De novo. Agora só curto. Acima das palavras. Um hit atrás do outro. Quase trinta anos de carreira. Cai o pano, não, não acaba. Era o cenário que mudava para o palco ficar mais solar. Dá um laço e lança o Sal que o Zé Ramalho vem lá de João Pessoa. Espero que você também se repita e antes de ele sair, puxo o "De novo", "De novo", "De novo". Vem o Pedro e confirma. "De novo". E lá vem o Zé Ramalho de Campina Grande na Paraíba.
Aí fica engraçado, a gente passa a torcer para Os Paralamas errarem mas só descobrirem depois e ter que repetir cada música 2, 3 , zilhões de vezes. Quem se cansaria de ouvir Meu Erro, Calibre, Vital, Alagados ? Uma vida inteira, a obra inteira de uma vida. Todos se movem e saem do chão porque em cima destas rodas tem um cara legal. E neste canto das platéia, uma família de irmãos. O show acaba, a festa não termina. Abraços, fotos, felicidade explícita. Meu presente de aniversário ainda não terminava após ter demorado 2 dias quanto ao tempo pra chegar. Mas chegou e veio com a presença de cada daqueles meus amigos ali junto de mim.
Fila pra falar com o Herbert, a Bia e ele conversando. E olhe só, vejam vocês, o Herbert nos agradece pela paciência de a gente ter aguentado as repetições por conta dos problemas de gravação. Mew pergunto quantas vezes em casa, vou ver no repeat, Meu Erro ou Tendo a Lua e Rio de Janeiro em Dezembro do que o Herbert diz. Dou um beijo na careca e ele dá o primeiro autógrafo dele num CD do Los Pericos. Abraço no João, no Bi, no Fera. Beijo para a Carol via Hélder. Cerqueira sempre mandando bem.
Na hora de ir embora, desencontro. Saímos eu, o Alê, a Gislaine e a Ceres e não nos seguem. Vamos para em Botafogo. Frango a passarinho, batatas fritas, cerveja. Papo infinito. Ameaça de extorsão à Gislaine mediante sequestro de pôsteres. Beijos e abraço de despedida na Ceres. Adoro essa menina. Quanta saudade desses 3. Sorte, Alê até Sampa. Gis, um beijo ! Até Salvador. Quem sabe algum dia numa rua da Bahia tudo tenha Paralamas.
Uma hora de sono. Aeroporto. Check-in. Twitter e... putz ! ninguém dormiu. 6h da manhã e a Olívia, Ademir, a Ceres, a Gislaine, a Renata, todo mundo já tava conectado de novo. Que saudades. Que dia. Impossível manter os pés no chão. Parece que o vôo de volta não era do Rio pra Salvador e sim do Céu para a Terra. Que saudades.
P.S.: Este post é dedicado ao Ademir, Ao Rafael, ao Alê, à Ceres, à Gislaine, à Camila, à Olívia, à Renata, ao Edu, ao Rafa, à Deise, aos Paralamas, ao Hélder e a Carol, ao José Fortes, ao Jamari, ao Maurício Valladares, ao meu irmão e à Michelle e à toda família Paralamas.
Beijo no coração de vocês !
Rodrigo